A Fundação Americana African Parks (APFA, na sigla em inglês), como se pode ler na sua página oficial, tem como missão salvar locais selvagens e a vida selvagem no continente africano, sendo estes dois locais, localizados na área transfronteiriça do Okavango-Zambeze, apontados pelo Presidente angolano como parte da "última fronteira selvagem do sul de África".

Segundo a Angop, este anúncio foi feito por João Lourenço durante o seu discurso na Gala Anual da Fundação Internacional para a Conservação do Ambiente (ICCF) onde foi distinguido com um prémio pelas suas iniciativas a favor da conservação do ambiente.

No seu discurso, citado pela agência de notícias angolana, João Lourenço afirmou que o governo angolano e várias agências internacionais como a USAID, o Fundo Global para o Ambiente e a "Conservation International" trabalham no sentido de garantir o apoio técnico e financeiro para estabelecer programas de protecção dos ecossistemas e do ambiente.

Segundo o Presidente, Angola será o terceiro signatário do protocolo contra o tráfico ilícito das espécies da flora e da fauna selvagens.

Acrescentou que Angola e outros estados signatários comprometem-se em adoptar legislação adequada que tipifique como crime o tráfico ilícito da vida selvagem e partes de animais selvagens.

Nesta intervenção, que marcou a parte final da sua passagem por Washington a caminho da 76ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque, onde vai discursar na quinta-feira, o PR passou em revista o que o País tem projectado na área ambiental e as iniciativas em curso.

Apontou ainda como importante a sua aposta na diversificação e modernização da economia e, mesmo sendo um grande produtor de petróleo, o País está comprometido com a promoção de uma agenda nacional no sector das energias renováveis.

Disse também que "Angola está pronta a trabalhar em estreita colaboração com os Estados Unidos da América, a União Europeia, União Africana e outros parceiros na implementação de uma estratégia comum de redução da emissão global de carbono e na criação de um ambiente sustentável para as gerações vindouras".

A Angop nota ainda que o Chefe de Estado garantiu que Angola tem os EUA como "um verdadeiro parceiro estratégico de quem, para além do investimento privado, tem beneficiado de ajuda no combate à corrupção e ao branqueamento de capitais, ao HIV/Sida, à malária e à Covid-19, com a oferta de um hospital de campanha e de mais de um milhão de vacinas da Pfizer e da Jonhson and Jonhson".