A obtenção da carteira profissional entre os técnicos de diagnóstico e terapeutas no País está longe de ser uma realidade. Este núcleo de profissionais da Saúde, que engloba um total de 28 especialidades, das Análises Clínicas à Anatomia, passando pela Audiologia, Biologia Laboratorial, Cardiopneumologia e outras, tem actualmente três organismos a reivindicar a autonomia no credenciamento, licenciamento e certificação dos técnicos.
Trata-se da Associação de Apoio dos Técnicos de Diagnóstico de Saúde Pública de Angola (AATDSPA), do Conselho Nacional de Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica de Angola (CNTDTA) e da Câmara Representativa dos Profissionais de Diagnóstico e Terapêutica de Angola (CRPDTA), que trocam acusações diversas.
Por exemplo, o coordenador da comissão instaladora da CRPDTA assegura ao Novo Jornal que o organismo que dirige "veio para organizar e pôr fim à situação dos profissionais que praticam actos que não são de suas competências". Isaac Domingos Ekumbiça denuncia que a maioria dos técnicos de diagnósticos do País labuta sem as respectivas carteiras.
"O que tem acontecido é que algumas associações privadas, no exercício das suas funções, identificam os seus associados com passes de identificação onde é notório no título a designação de carteira profissional e respectivo número. Isso é errado", critica, lembrando que só emite uma carteira profissional aquela entidade reconhecida pelo Estado como ordem, sendo a sua legalização publicada por via de um decreto. De acordo com Isaac Domingos Ekumbiça, a CRPDTA veio para regular o sector.
Na «contramão», entretanto, está o secretário da AATDSPA, que reivindica legitimidade para levar a cabo o processo de atribuição de carteiras profissionais. Moisés Sebastião alega que a sua associação foi criada em 2018, ao passo que o organismo de Isaac Ekumbiça surgiu três anos depois, ou seja, em 2021. Aliás, segundo Moisés Sebastião, o outro organismo nem sequer ainda existe, uma vez que ainda está em vias de legalização.
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