Segundo a acusação, os factos ocorreram em Março último, quando o pastor José Severino, aproveitando-se da bondade da esposa da vítima, o malogrado Augusto Chimbili Chassueca, pediu para que o deixassem passar três noites em sua casa.

Durante a noite, José Severino, o homicida simulou ter uma visão espiritual e partilhou com a também pastora, no caso a mulher, convencendo-a que o espírito dizia que tinham de se deslocar até ao monte santo, no Morro dos Veados, para uma sessão de libertação, conselho que a mulher aceitou, convencendo o marido a participar também.

Chegados ao monte, por volta das 21:00, após várias horas de orações, e porque no local havia outros religiosos, o acusado pediu ao casal para se isolarem dos demais fiéis, por volta das 5:00, alegando haver interferência nas suas orações.

"Após terminar o trabalho de oração, e numa altura em que o casal seguia para a viatura, o arguido seguiu atrás deles e tirou da sua pasta uma arma de fogo e disparou três vezes contra o marido da pastora".

Em seguida, conta a acusação, o arguido foi em perseguição da mulher, a pastora, disparando igualmente contra ela, na região do abdómen.

Apercebendo-se que o marido ainda tinha vida porque gritava por socorro, o acusado foi novamente em direcção à vítima e efectuou mais dois disparos que o levaram à morte.

Consumado o acto, o pastor da Igreja Missão Evangélica da Reconciliação retirou as chaves da viatura do bolso da vítima, e ao volante do carro seguiu viagem para a província da Huíla, refugiando-se no município dos Gambos onde acabou por ser detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), na Huíla.