Este medicamento, que conta com a "bênção" da Organização Mundial de Saúde (OMS), deve ser aconselhado pelas autoridades sanitárias a pessoas que, no seu dia a dia, se confrontem com elevado risco de contaminação pelo HIV.

Segundo a OMS, o CAB-LA deve ser encarado num plano dos países alargado e no âmbito dos seus programas de prevenção e combate ao HIV-Sida, desde logo no campo do trabalho sexual, ou nas comunidades LGBT onde, por questões sociais e legais, estas pessoas não estão inseridas nesses programas e têm o acesso cotado aos cuidados de saúde devido à segregação "legal".

A OMS viu-se força a anunciar, já este ano, o seu conselho para uso deste medicamento ao observar que o mundo vive um período de forte aumento de novos casos de contaminações por HIV.

O Zimbabué está em 6º lugar da lista de países em todo o mundo com mais casos de HIV-Sida, estando apenas atrás de outros cinco países africanos, todos eles na África Austral: Eswatini, Lesoto, Botsuana, África do Sul e Namíbia. Os primeiros 10 são todos países africanos.

O Cabotegravir - CAB-LA tem fortes efeitos secundários que incluem problemas graves de fígado e depressão.

Angola, que aparece na lista oficial de 2021 em 26º lugar dos mais infectados em todo o mundo, tem uma prevalência, segundo a UNAIDS, de 2.0 por cento da população entre os 15 e os 49 naos, o que representa cerca de 310 mil pessoas, embora estes números sejam amiúde questionados por especialistas que os consideram fruta de uma subavaliação.