Ouvidos em primeiro interrogatório judicial nas instalações do Serviço Provincial de Investigação Criminal (SPIC) pelo magistrado do Ministério Público (MP), os suspeitos viram, na terça-feira, ser-lhes aplicada a medida de coacção mais gravosa, a de prisão preventiva.

Os detidos, o segurança, a empregada e o gerente da agência, segundo consta nos autos, em conjugação de esforços com mais quatro elementos, que, entretanto, estão foragidos das autoridades, "munidos de duas armas de fogo do tipo AKM-47, introduziram-se no interior da agência de gás e na habitação adjacente ao estabelecimento, e, por meio de ameaças de morte, neutralizaram os proprietários da residência, bem como os funcionários, tendo-lhes de seguida atado os membros com fita adesiva".

De acordo com a PGR, os arguidos foram detidos na quinta-feira, 29, cerca das 13:00, pela Polícia Nacional (PN) e o Serviço de Investigação Criminal (SIC) Bengo, quando fizeram cumprir três mandados de detenção por crimes de "roubo qualificado de mais de três milhões de Kwanzas, no sector 10 do complexo habitacional do Panguila, no município do Dande".

Ao Novo Jornal, o intendente Gaspar Luís, director de comunicação institucional e imprensa da Delegação do Ministério do Interior no Bengo, disse que os arguidos, na data dos factos, quando realizavam o roubo, para além dos três milhões de Kwanzas, "exigiram que lhes fossem entregues mais duzentos mil Kwanzas, cinco telemóveis de diversas marcas, um tablet, cosméticos, sete perucas e a arma de fogo que estava em posse de um dos segurança que não está indiciado no processo".

"Estão em curso diligências para localizar e deter os outros quatro elementos em fuga", concluiu.