Localizado por detrás das centralidades do KK 5000 e Kilamba, no município de Belas, o bairro Cacati, no distrito do Quenguela, não está à vista de todos. Longe do asfalto e do movimento de vaivém de viaturas, existe um bairro cuja realidade contrasta com o luxo dos prédios, escolas, hospitais, água e energia eléctrica dessas urbanizações.

À entrada do bairro, apenas se observam centenas de árvores, quintalões não habitados e uma longa via sem asfalto, com grandes quantidades de areia que, no tempo chuvoso, deixam intransitável a via que dista a mais de cinco quilómetros das centralidades e da estrada que dá acesso à via expressa.

Quanto aos serviços sociais, os moradores do Cacati contaram ao Novo Jornal que vivem diversas dificuldades, tais como falta de água potável, luz, mercados, segurança pública, assistência médica e medicamentosa. As estruturas colectivas que existem são um estabelecimento escolar do ensino primário, com sete salas de aula, um posto policial e um centro de saúde, esse último inaugurado pela antiga governadora de Luanda, Joana Lina, em Junho de 2020, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), mas que funciona das 8h às 16h, por falta de energia eléctrica.

Moradores revelaram que, por falta de emprego, a maior parte da população sobrevive de serviço de moto-táxi e outros biscates temporários, sobretudo na desmatação de terrenos recém-adquiridos.

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