Com a suspensão dos serviços da Macon, que opera na Lunda Norte e Lunda Sul desde 2014, os cidadãos serão obrigados a recorrer às viaturas ligeiras para se deslocar às provincias de Malanje, Cuanza Norte e Luanda.

A Macon é a única empresa de transporte público que opera na província, a prestar serviços interprovinciais e municipais.

De acordo com o responsável da transportadora na Lunda Norte, Cláudio Gaspar, os serviços só serão retomados quando o troço for reabilitado, uma vez que o actual estado da via tem causado muitos prejuízos aos autocarros da empresa.

Enquanto se aguarda pela reabilitação total do troço, a empresa prestará apenas serviços intermunicipais, urbanos e para a vizinha província da Lunda Sul.

Já o director do Gabinete Provincial dos Serviços Técnicos, Noé Chipoia, disse a reabilitação da estrada em causa ser da responsabilidade do Ministério da Construção e Obras Públicas.

Informou que, na Estrada Nacional 225, por exemplo, faltam apenas por asfaltar 26, dos mais de 500 quilómetros previstos.

Entretanto, alertou para a progressão de três ravinas, sendo duas na EN-230, na comuna do Xinge, e uma na EN- 225, no trecho entre a localidade de Catata e o município de Lóvua, que, a qualquer momento, podem cortar a circulação nestes troços e isolar a região Leste.

Já o assistente administrativo da operadora na Lunda Sul, Nevogildo Sacumuige, explicou que as más condições da via colocava em perigo a vida dos passageiros e dos motoristas, bem como contribuía para o desgaste rápido dos veículos.

A título de exemplo, referiu que, em 2019, a Macon desembolsou mais de 20 milhões de kwanzas, para a reparação de autocarros com avarias, decorrentes do mau estado das vias.

Disse que, anteriormente, a rota Saurimo/Luanda tinha seis autocarros disponíveis e cobrava 18 mil Kwanzas por passageiro.

Foi reduzido para dois e percorriam 400 quilómetros a mais, por causa do desvio da Lunda Norte a Malanje.