O chefe do Departamento de Apoio ao Conselho de Administração do INACOM revelou que as famosas "televisões comunitárias" se têm espalhado ilegalmente pelo País, sobretudo pelas periferias, o que acarreta "enormes" prejuízos para a economia angolana. Num webinar realizado esta semana em Luanda, Manuel Purificação de Carvalho afirmou que o combate a esse fenómeno requer esforço conjunto.

Sem avançar números, o técnico refere que a assinatura ilegal de televisão se tem trazido em "enormes" prejuízos no sector das Telecomunicações e para o País, no geral. "O Governo deixa de arrecadar um conjunto de impostos, ao mesmo tempo que gera grandes perdas em termos de emprego, por exemplo". Realçou que o combate só se tornará eficaz se houver sinergia, tal como tem implementado, garantiu, o Instituto Nacional das Comunicações (INACOM). "O INACOM tem trabalhado com várias instituições, com destaque para os operadores de televisão, órgãos de defesa e segurança e Ministério do Comércio", acrescentou.

Enquanto cresce em países africanos, particularmente em Angola, a pirataria de televisão por assinatura, na Europa esse tipo de pirataria é mais sofisticada com a expansão do chamado IPTV (Internet Protocol Television), transmissão de televisão via internet, quem o afirma é o responsável pela Protecção de Conteúdos do grupo português de telecomunicação NOS. Convidado a debruçar-se sobre o tema "Estratégia de Combate à Pirataria e Novas Tendências", Pedro Bravo alerta para esse fenómeno como a nova ameaça de pirataria, mostrando dados da sua realidade. O responsável revelou que o IPTv a nível da Europa tem 17 milhões de usuários e 5,9% desse número é jovem. Estima-se que os provedores desses serviços facturam de forma ilegal 1.6 mil milhões de euros por ano, representando um aumento de 13% nos últimos três anos.

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