Quatro desportistas que estiveram vinculados à extinta equipa masculina de basquetebol do Recreativo do Libolo prometem, nos próximos dias, reactivar em tribunal o processo que pesa sobre o clube de Calulo, por a agremiação não ter honrado com o compromisso de pagar a dívida que já dura há cinco anos, revelou ao Novo Jornal Vladimir Pontes, porta-voz do grupo.

O processo contra o Libolo, inscrito sob o n.º 1692/16-B, já corria os seus trâmites legais na Sala de Trabalho do Tribunal Provincial de Luanda, mas um acordo entre o clube e os atletas visados, nomeadamente Vladimir Pontes, Agostinho Coelho, Bráulio Morais e Zola Paulo, chegou a «acalmar os ânimos». Agora, com os antigos atletas a acusarem o clube de lhes ter feito "falsas promessas", tudo indica que o litígio deverá mesmo ser resolvido em tribunal.

"Depois de vários encontros que mantivemos com a direcção do Libolo, todos os mediadores, nomeadamente Bruno Vicente, Leonel Casimiro e a engenheira Sónia Campos, sempre deixaram claro que eram apenas intermediários. Quem tem a competência de resolver o assunto é o senhor general Higino Carneiro", afirma Vladimir Pontes, lamentando que o actual deputado à Assembleia Nacional "nunca" os tenha recebido para se tentar resolver o pendente, apesar das "várias tentativas" para o efeito.

De acordo com Vladimir, enquanto atleta do Recreativo do Libolo, os seus salários e os dos outros três companheiros eram pagos no Banco Keve, instituição de que o general Higino Carneiro é accionista.

"Toda a gente sabe que as empresas que patrocinam o clube são todas ligadas ao general Higino, entre elas, o Banco Keve e a Global Seguros. Os nossos estágios, em Luanda, e a hospedagem eram feitos no Hotel Victória Garden", reforça.