As metas do Programa de Desenvolvimento e Consolidação da Fileira de Petróleo e Gás foram hoje apresentadas durante um encontro com o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

Segundo o plano, Angola pretende aumentar a produção interna de derivados de petróleo bruto de 1,96 milhões de toneladas métricas em 2021 para 2,97 milhões em 2027, apoiando-se na entrada em funcionamento das novas unidades e na modernização das infra-estruturas de armazenamento e transporte de combustíveis.

Além da refinaria de Cabinda - cuja primeira fase, com capacidade para 30 mil barris por dia, já foi inaugurada - a estratégia contempla o avanço da refinaria do Lobito, projectada para atingir 200 mil barris por dia, com início de operações previsto para 2027, e a definição do futuro da refinaria do Soyo, actualmente em reavaliação devido aos constrangimentos financeiros do promotor.

O ministro recordou que o concurso foi ganho pela Quanten, empresa que enfrentou dificuldades de financiamento no período pós-covid.

"Mas uma coisa é assinar um contrato, outra coisa é retirar esse direito", sublinhou, referindo que o Estado tem já "outras opções" e está a trabalhar no desenvolvimento do projecto.

Quanto à refinaria do Lobito, o ministro destacou que é a própria petrolífera estatal Sonangol que está a assegurar o investimento.

"Não quisemos esperar por ninguém", afirmou, indicando que a "execução física está a 23% e a execução financeira está alinhada" com as necessidades.

O governante adiantou ainda que o ministério está a negociar com outros parceiros. "Estamos a conversar, mas debaixo das nossas condições", disse, sem revelar detalhes adicionais.

A estratégia de expansão da capacidade de refinação prevê garantir a auto-suficiência nacional de combustíveis até 2027.

O plano governamental inclui também contactos com empresas internacionais, como a CNCEC (China) e a Lummus Technology (EUA), para viabilizar um polo petroquímico até 2027.

Em paralelo, o Ministério está a avançar com a modernização dos terminais oceânicos de Cabinda e do Lobito e a expansão da capacidade de armazenagem terrestre, que deverá atingir 1,26 milhão de metros cúbicos até 2027, reforçando a segurança de abastecimento em todo o território nacional.