"Estamos à espera de um volume maior este ano, só que fica difícil determinarmos agora, porque no fim temos que fazer o balanço para ver se vamos conseguir superar os resultados do ano passado, mas o número será superior, é uma feira com mais expositores, mais máquinas e equipamentos", perspectiva o PCA da CCECALAS, Carlos Cecalas, promotor do certame que encerra no próximo dia 2 de Novembro.
As inovações na presente edição são as presenças da embaixada da República Popular da China, com dezenas de empresários, os grupos empresariais eritreus e mauritanos, e a nível do País destacam-se as províncias de Luanda, Uíge, Cabinda, Kwanza Norte, Huambo, Huíla e Namibe com o maior número de expositores.
Duas naves que ocupam cerca de 4 mil metros quadrados integram as novidades, e, vão acolher a partir de sexta-feira, 31, as discussões dos painéis da "2ª edição do Fórum de Captação de parceiros e Investidores", sobre As potencialidades económicas de Malanje, uma janela de oportunidades para negócios; Centro Regional de Liderança da Mandioca (Pesquisa, tecnologia e inovação), Agro indústria e valor acrescentado da mandioca e Estratégia nacional de desenvolvimento do arroz.
Os empresários de Malanje debatem-se com dificuldades de financiamento para a manutenção dos negócios e o Fórum propõe no 2º painel sobre Medidas de alívios económicos abordar aspectos relevantes em torno do Quadro legal para o investimento estrangeiro em Angola, a cargo de um representante a AIPEX, O papel da banca para o desenvolvimento da província de Malanje, uma dissertação do BNA-local, o Fundo de Garantia de Crédito apresenta a carteira de Crédito FGC, enquanto do FADA finaliza com uma apresentação do Programa Transforma Aqui do Ministério da Economia.
As expectativas são enormes para as 27 administrações municipais locais que terminam a arrumação das stands.
Aidne Lameirão, administradora municipal adjunta de Malanje para o sector político e apoio às comunidades, diz que na qualidade de anfitriã os desafios são grandes.
"Não vamos fugir à regra de participação dos demais municípios, vamos trazer as cooperativas agrícolas com hortícolas, fuba de bombó, a ginguba, incluindo o artesanato de artistas locais", garante.
O município de Kiwaba Nzoji, 98 quilómetros da capital provincial, a cultura do ananás em grande escala, os recursos hídricos promissores para a produção de energia eléctrica e o fortalecimento da agricultura são algumas das atracções que a Administração leva ao certame, afirma Kamboma Mayele, director municipal da Comunicação Social.
Para a exposição multissectorial, ênfase dá-se ao município de Cambundi-Catembo, outra potência na produção de arroz e da silvicultura de espécies de qualidade da madeira da flora angolana, assegura Adilson Cassule, Director comunicação social da região.
Os recursos locais "os bagres de água doce, o inhame, a batata doce" serão as atenções de Cambundi-Catembo.
O parque industrial de Cacuso, 72 quilómetros da cidade capital, o maior de Malanje, entre o potencial agrícola "primeiro está a batata-doce, o elemento que dá vida ao município, vamos trazer a mandioca, a batata rena, o feijão, o repolho e outros produtos", confirma o director municipal de Promoção para o Desenvolvimento Económico Integrado, Fernando Inácio.
O novo município de Malanje, Ngola Luiji, 23 quilómetros da sede provincial, apresenta na Expo leguminosas (feijão), hortícolas (cebola, beringelas), tubérculos (inhame), bananas-pão e outras potencialidades, na opinião de Fernandes Gonga, director da Acção Social, Cultura, Turismo, Juventude e Desporto.
"Essa feira é uma oportunidade para mostrar as nossas últimas tendências em termos de roupas, calçados para o mercado malanjino", justifica o empreendedor ivoiriense Hamidou Keita, proprietário da Boutique das Novidades na cidade de Malanje.
Centenas de empregos directos e indirectos estão a ser criados no perímetro da Expo Malanje, no espaço onde as autoridades locais destruíram o Mercado Municipal de Malanje.

