"O kwanza tem mostrado sinais de depreciação mais acentuada no mercado paralelo nas últimas semanas, tendo caído cerca de 18% durante o mês de Outubro, segundo os nossos cálculos", revelam os analistas do BFA citados pela agência Lusa.

Na análise semanal que os analistas do BFA fazem à economia angolana é destacado que "apesar de um trajecto de diminuição das importações face ao pico recente, a pressão na procura de divisas ainda supera a oferta de divisas ao mercado".

Isto acontece por duas razões, segundo os analistas: "por um lado, as petrolíferas estão a fornecer menos divisas do que em 2022; por outro lado, o cenário de diminuição da dívida pública externa, com o Estado a amortizar mais dívida do que o novo financiamento a ocorrer, fez com que o Tesouro deixasse de vender divisas ao mercado".

O kwanza perdeu quase 40% desde o início do ano, principalmente no final do primeiro semestre, estando relativamente estável desde então; Em maio, cada dólar valia cerca de 510 kwanzas, mas o valor da moeda angolana caiu fortemente entre Maio e o princípio de julho, tendo ficado estável desde então, à volta dos 835 kwanzas por dólar.