De acordo com um relatório publicado hoje, o M23, antigo movimento rebelde de origem tutsi, que retomou a via armada (após se ter desintegrado brevemente em 2013) contra as posições das Forças Armadas da República Democrática do Congo, capacetes azuis das Nações Unidas, já tomou várias localidades da RDC.

Segundo o documento, o "grupo armado M23 executou de forma sumária pelo menos 29 civis desde meados de Junho de 2022 nas zonas que controla no leste da República Democrática do Congo".

No dia 21 de Junho, na povoação de Ruvumu "os rebeldes do M23 mataram 17 civis, entre os quais dois adolescentes, que tinham sido acusados de fornecer informações ao Exército" refere o relatório da Human Rights Watch (HRW).

A organização não-governamental com sede nos Estados Unidos recorda que em Maio e Junho, disparos de artilharia efetuados pelo M23, provavelmente desde território do Ruanda, destruíram uma escola primária matando três crianças e uma mulher.

As informações sobre esta acção ainda estão por confirmar.

O governo da RDC que acusa o Ruanda de apoiar o M23 e organismos da sociedade civil do Kivu do Norte também responsabilizou o Uganda de apoiar o grupo armado na captura da cidade de Bunagaga, junto à fronteira.

"Os países doadores devem suspender a assistência militar aos governos que apoiam o M23 ou outros grupos armados responsáveis por abusos" no leste da RDC, recomenda a HRW.