Há sempre um pouco da LAC na vida e na história de grande parte de nós. Há LAC nos amigos e colegas que ainda lá estão, nos profissionais que por lá passaram, mas que ainda "respiram" LAC onde quer que estejam. A LAC está connosco em cada informação detalhada e pormenorizada divulgada no Táxi Amarelo, em cada apontamento ou comentário das Manhãs da Comercial, em cada entrevista bem conseguida e relato com história partilhada no Café da Manhã, nas viagens pelo continente berço através do Afrikya, na actualidade e qualidade das análises do mundo desportivo nas Manhãs do Desporto, está também nas conversas animadas e relaxadas de um sábado que começa logo cedo com um Bom Dia, Bom Dia e termina com a irreverência de um "Reverendo" que agita as noites de sábado com o Potência Máxima. Ela está em nós também nos serviços noticiosos e reportagens diárias. Está também na relação de cumplicidade e de fidelização que há 30 anos vem estabelecendo com os seus ouvintes. A LAC está ainda nas memórias dos comentários no extinto e saudoso Elas e o Mundo.

Para além de uma cultura de compromisso, dedicação e empenho dos seus profissionais, a LAC é um exemplo de gestão, coordenação e de estabilidade da "Troika" que há três décadas (um raro exemplo de longevidade) tem sabido e conseguido "aguentar" aquela estação de rádio.
Maria Luísa Fançony (directora-geral), José Rodrigues (director para informação) e Mateus Gonçalves (director de programas) são os membros da "Troika" e os "culpados disto tudo". Devo-lhes uma vénia, respeito e consideração, porque, apesar das dificuldades e adversidades, conseguem manter a excelência e a LAC nas preferências do nosso público.

Para além dos conteúdos, a LAC conseguiu criar produtos e iniciativas que hoje são já uma marca e referência entre os angolanos. O Festival da Canção de Luanda tem já 25 anos e é uma marca não apenas da LAC mas também de Luanda e dos luandenses. Uma iniciativa nobre e de grande dimensão histórica, cultural e social, faltando apenas o Governo da Província de Luanda perceber isso e assumir este importante evento numa das suas estratégias culturais. O Estrelas ao Palco é outro projecto que a LAC tem organizado e que já deu a conhecer ao País estrelas como Matias Damásio, Ary, Cheketela, Lawilca, entre outras. O futuro do amanhã não foi esquecido e há também o Mini-Estrelas ao Palco. É importante não nos esquecermos da Feira da LAC, que, mais do que um espaço de comércio, de compra e venda, acaba sempre por ser um espaço de reencontros e de importantes partilhas de ideias e informações.

A LAC entranha e passa a viver em nós. A minha primeira experiência em comunicação social foi no início da década de 2000, numa fase em que ainda era estudante universitário e era comentador residente do programa Universidade Livre. O programa era uma iniciativa dos jovens e amigos Álvaro Fernandes, Yuri Simão e Lucas Guimarães e, todas as noites de quinta-feira, o universo universitário tinha o espaço lá na estação de rádio.

Esta diversidade, esta pluralidade, esta abertura, esta visão e liberdade fazem da LAC um espaço distinto. É também na LAC que o Novo Jornal tem, toda a sexta-feira, um espaço em que partilha com o público os conteúdos de cada edição semanal, com toda a liberdade, abertura e sem censuras. A LAC é tudo isso e mais alguma coisa. São já 30 anos de LAC e 25 de Festival da Canção de Luanda, há razões suficientes para escrever com firmeza e confiança: Está tudo LAC!