Fontes da PN asseguram que impediram a actividade da UNITA por considerarem que o maior partido na oposição pretendia levar o povo a manifestar-se contra o aumento do preço dos transportes.

Durante a dispersão, a Polícia Nacional agrediu cidadãos, deteve sete militantes da UNITA, que foram soltos horas depois, e impediu a circulação de militantes nas imediações da vila de Cacuaco ao longo da manhã desta terça-feira.

Ao Novo Jornal, Adriano Abel Sapinãla, secretário provincial da UNITA em Luanda, disse que o "Galo Negro" pretendia sair às ruas no âmbito das suas actividades partidárias a nível municipal.

Adriano Abel Sapinãla afirmou não ser verdade que a UNITA pretendia manifestar-se localmente contra o aumento do preço dos transportes.

Segundo este político, as saídas às ruas da UNITA nos municípios de Luanda têm sido regulares.

Conforme o secretário provincial da UNITA em Luanda, a PN "mostrou-se aflita" por causa da manifestação da sociedade civil, do último fim-de-semana.

Segundo Adriano Abel Sapinãla, a Polícia Nacional está a querer interpretar que agora cada iniciativa partidária é manifestação.

"Para o caso de hoje, não é manifestação alguma, é jornada de campo. E infelizmente a PN fingiu não ter domínio da situação", lamentou, assegurando que o mesmo aconteceu no município da Maianga, apesar de ser com menos uso da força.

Conforme Adriano Abel Sapinãla, houve precipitação na actuação da Polícia Nacional, assim como a reacção desproporcional da força.

O líder da UNITA a nível da província de Luanda afirma que a PN fingiu confundir as situações.