A tentativa de visita surgiu na sequência de um encontro entre o líder do partido Abel Chivukuvuku, e as associações de taxistas, em que prometeu visitar os presos, para, junto das autoridades competentes, perceber as razões da permanência na cadeia dos líderes das associações até à data.
"A direcção da unidade penitenciária de Viana não permitiu ao presidente do partido e seus membros visitarem os prisioneiros, depois de todo o protocolo cumprido", disse ao Novo Jornal o vice-presidente do PRA-JÁ Servir Angola, Xavier Jaime, frisando que foram informados pelos responsáveis das cadeias de que não receberam ordens superiores para que a visita tivesse lugar.
Segundo o político, a direcção do partido submeteu terça-feira, 12, uma carta a solicitar a visita dos presos nas unidades penitenciárias de Viana e Calomboloca, não percebendo esse impedimento.
"Vamos insistir até que a visita tenha lugar", acrescentou Xavier Jaime, que diz acreditar na colaboração das autoridades competentes envolvidas neste processo.
Contactada a direcção da unidade penitenciária de Viana, esta disse que não receberem nenhuma comunicação das autoridades superiores, sobre a visita da direcção do PRA-JA Servir Angola.
"Não razões para impedirmos a direcção do partido de visitar os presos, mas, infelizmente não recebemos nenhuma comunicação das autoridades superiores", disse uma fonte da prisão de Viana.
Refira-se que recentemente Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve líderes de associações de taxistas, suspeitos de associação criminosa, incitação à violência, terrorismo e atentado contra a segurança dos transportes.
As detenções foram realizadas em Luanda e a polícia alega envolvimento dos suspeitos na promoção dos actos de vandalismo e no âmbito de investigações na sequência dos tumultos durante a paralisação dos taxistas, que resultou em pelo menos 30 mortos, mais de 200 feridos e 1.500 detidos.
A paralisação aconteceu entre 28 de Julho e 30 de Agosto.