Segundo o ministro João Baptista Borges, o garimpo de água afecta directamente a qualidade da água distribuída em Luanda e resulta num enorme prejuízo para os cofres do Estado.

Conforme o ministro, é prioridade do ministério resolver o garimpo de águas no país, principalmente em Luanda por ter a maior densidade populacional.

Ao empossar o novo conselho de administração, recém-nomeado pelo Presidente da República, João Lourenço, João Baptista Borges deixou alguns avisos.

"Não queremos de facto ouvir que determinados funcionários da EPAL fecham válvulas para não sair água em determinado sítio para depois aparecerem os camiões cisterna a vender água e fazerem disso um negócio", afirmou o ministro, defendendo ser necessário acabar com a venda informal de água.

O ministro assegurou, por outro lado, reconhecer que a EPAL tem ainda muitas dívidas com fornecedores, mas salientou ser necessário que a nova direcção elabore um programa de liquidação das dívidas.

João Baptista Borges salientou ser também necessário a Empresa Pública de Água de Luanda reduzir custos e produzir receitas.

Entretanto, a população diz ser impossível a EPAL acabar com a venda informal de água, visto que há ainda muitos bairros que estão há anos sem qualquer cobertura de rede da EPAL.

Segundo a população, há bairros com rede da EPAL onde há anos não corre água, por isso duvidam que o Ministério da Energia e Águas possa acabar com a venda informal e o garimpo de água no País, em particular em Luanda.

Esta quinta-feira, 4, tomaram posse, como novos responsáveis da EPAL, Solange Góis, como PCA, Feliciano Catiolo, Paulo Gonçalves, Hélia Pimentel e Silva Bango, para os cargos de administradores executivos.

Albertino Gomes e Nsulama Matadidi António foram empossados como administradores não executivos.

João Baptista Borges exortou os responsáveis recém-empossados a terem uma actuação que melhore e aumente o serviço e disponibilidade de água em Luanda.