As candidaturas iniciadas no dia 04 deste mês, segundo a comissão organizadora da convenção, terminam no dia 15, e, até ao momento, nenhum pretendente à presidente do partido já manifestou a intenção de se candidatar.

Sob o lema "Realizar hoje, vencer amanhã", a Iª Convenção Nacional Ordinária do PHA "vai eleger novos órgãos do partido e consolidar a democracia interna".

O Partido Humanista enfrenta uma crise interna, depois de alguns membros da comissão política nacional, reunidos em sessão extraordinária no dia 07 de Julho de 2025, em Luanda, terem suspendido a presidente desta formação política, Florbela Catarina Malaquias.

A suspensão de Florbela Malaquias decorreu de "graves violações estatutárias e usurpação de funções", conforme o Acórdão 1001/2025 do Tribunal Constitucional, que anulou actos unilaterais da presidente considerados contrários aos estatutos do partido.

Após as eleições gerais de 2022, Florbela Malaquias promoveu uma reestruturação interna, nomeando membros da direção à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) sem passar por deliberação da comissão política nacional, órgão máximo do partido entre congressos.

Em reacção, o Partido Humanista de Angola (PHA) denunciou, em comunicado, uma tentativa "ilegal e sem qualquer valor jurídico ou político" de destituição da presidente Bela Malaquias.

O documento, assinado pela líder do partido, acusava, sem especificar nomes, um grupo de indivíduos sem legitimidade nem autoridade estatutária de orquestrar tal acto.

Através da sua direcção nacional, o PHA esclareceu que não houve qualquer convenção do partido, e que a destituição da presidente só pode ocorrer por deliberação expressa da Convenção Nacional, devidamente convocada com agenda pública, quórum qualificado e transparência processual, nos termos do artigo 34º dos estatutos do partido e da Lei dos Partidos Políticos.