A responsável informou igualmente que houve um segundo pré-candidato à presidência da UNITA, Pedro Paulo Mulemba, cuja candidatura não foi aceite por não reunir os requisitos necessários, nomeadamente as assinaturas de militantes e o facto de não ser membro da Comissão Política do partido, condição indispensável para a sua admissão.

Adalberto Costa Júnior formalizou a sua candidatura à liderança do partido do Galo Negro na quarta-feira, 10, com o propósito de recuperar o mandato que perdeu depois de o Tribunal Constitucional (TC), em Outubro último, ter anulado o Congresso de 2019 em que foi eleito, obrigando o anterior líder, Isaías Samakuva, a retomar a presidência do partido.

Durante a formalização da candidatura, Adalberto Costa Júnior, quando questionado sobre a possibilidade de o Tribunal Constitucional anular de novo o congresso da UNITA, respondeu que cumpriu "escrupulosamente" as exigências dos estatutos reitores do partido.

ACJ indicou o deputado Liberty Chiaka como director da campanha, a deputada Navita Ngolo como mandatária, Adriano Sapinhãla como porta-voz da campanha, e Nelito Ekuukui, como mandatário para a província de Luanda.

Em Outubro deste ano, o Plenário do Tribunal Constitucional decidiu, através do acórdão 700/2021, dar provimento ao pedido de impugnação da candidatura de Adalberto Costa Júnior, com base no fundamento de que "o Comité Permanente da Comissão Política da UNITA não tinha legitimidade de prorrogar o prazo de apresentação de candidaturas, por ter cessado à data dos factos o seu mandato".

Um dos argumentos foi que o de que o líder destituído da UNITA teria concorrido à liderança do partido sem renunciar à nacionalidade portuguesa. Em Agosto deste ano, já a UNITA havia reagido ao referido pedido, considerando-o "uma tentativa de subversão das instituições de justiça por parte do MPLA para garantir a sua permanência no poder".

A UNITA acabou por acatar o conteúdo do acórdão, tendo a Comissão Política fixado as datas de 2 a 4 de Dezembro para a repetição do congresso anulado.