Para a CASA-CE, que diz ter aguardado com expectativa "o primeiro texto verdadeiro do Executivo sobre a sua vontade de romper com o passado e levar Angola para novos patamares de democracia, de recuperação, crescimento e desenvolvimento económico, bem como de paz, harmonia e bem-estar social", esta proposta "enferma dos mesmos vícios das suas predecessoras, não se conformando com a Constituição da República e com a Lei"

"Embora não constitua uma ilegalidade, continua a autorizar o titular do poder executivo a criar fundos financeiros à sua disposição, em vez de aplicarem essas verbas no pagamento das despesas", afirmou o deputado, acrescentando: "São esses mesmos fundos que depois propiciam a corrupção que o Governo diz querer combater".

"São os tais fundos que, à semelhança do Fundo Soberano, depois propiciam a corrupção. Já o dissemos no passado, ano após ano, que não nos repugna que as despesas especiais de segurança interna e externa de proteção do Estado constante do OGE estejam sujeitas a um regime especial de execução e controlo orçamental desde que esse regime seja criado e tutelado pela Assembleia Nacional e não pelo modo como vier a ser estabelecido pelo titular do poder executivo", afirmou.André Mendes de Carvalho que lamentou que os deputados nunca tenham tido qualquer informação sobre esse regime especial, "enquanto as verbas são gastas sem o controlo da Assembleia Nacional".

"As palavras da propaganda do MPLA afundaram com o preço do petróleo".

André Mendes de Carvalho diz mesmo que "este é um orçamento de compasso de espera, um orçamento de stand by".

"Desde 2014 até ao presente, nenhum resultado positivo na diversificação da economia. Apenas palavras de propaganda do MPLA, que afundaram com o preço do petróleo", disse.

"Até aqui, sucessivas desvalorizações da moeda. Recomendamos: Se em lugar de sempre procurarem restabelecer a economia através de cortes dos rendimentos dos mais desfavorecidos, tratem de equilibrá-la", afirmou, acrescentado que a CASA-CE espera "que as correcções que vão ser sugeridas na especialidade sejam acolhidas e introduzidas no Orçamento, acabando com a prática do passado".