"Eu telefonei pessoalmente ao líder do Grupo Parlamentar da UNITA manifestando a minha solidariedade", lembrou Carolina Cerqueira, lamentando que o Grupo Parlamentar da UNITA tenha divulgado falsa informação sobre a morte de um membro da caravana.

"A senhora presidente da Assembleia Nacional telefonou-me mas o povo angolano não ouviu a sua solidariedade", respondeu o líder do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chyiaca, que esperava uma nota oficial da presidência da Assembleia Nacional, do Presidente da República e da Procuradoria-Geral da República.

Nas declarações políticas, os partidos políticos com assento na Assembleia Nacional, condenaram "veemente" o incidente, frisando que situações do género não voltem a acontecer.

A deputada Erica de Carvalho, do MPLA, que leu a declaração do seu Grupo Parlamentar, defendeu a promoção da tolerância e a defesa da paz e do desenvolvimento.

"O MPLA condena a violência e foi o partido no poder que lutou para a paz em Angola", disse a deputada que rejeitou discursos da oposição que deturpam a realidade do País.

"O MPLA reiterou o contínuo enaltecimento, promoção e defesa da paz como um dos valores patrióticos para o aprofundamento da unidade, da reconciliação, da tolerância e do respeito entre angolanos", disse.

O deputado Liberty Chyiaca que leu a declaração do grupo Parlamentar da UNITA, disse que para os angolanos o mês de Abril significa também Paz, tolerância e reconciliação nacional, numa referência, também, às comemorações do 50º aniversário da Revolução dos Cravos em Portugal, com histórico impacto nas independências das antigas colónias africanas portuguesas, e vice-versa no que toca às lutas de libertação, para cujas cerimónias foi convidado o Presidente João Lourenço.

"Infelizmente, o País registou neste Abril, o mês da Paz, 22 anos depois do fim da guerra, mais um atentado à liberdade, à democracia e à Paz", lamentou.

A presidente do PHA, Bela Malaquias, lamentou que no mês em que os angolanos assinaram a paz, foram surpreendidos com actos de intolerância política que nada ajuda para a paz e reconciliação nacional.

"Pedimos à TPA para promover programas que não incitem mais ódio", apelou a deputada lamentando que em Angola, assiste-se nos últimos tempos uma violência económica.

"A população continua a sofrer com a fome, muita pobreza e a diversificação da economia não é notável, depois de 22 anos de paz", apontou.

O presidente da FNLA, Nimi- A Nsimbi, espera que acções do género não voltam a acontecer, num País que enfrenta uma crise social e económica sem precedentes.