Apesar de o presidente do maior partido da oposição, Isaías Samakuva, ter tornado público que gostaria de ver mais que um candidato à disputa pela sua sucessão, no rasto daquilo que tem sido usual nos anteriores congressos electivos, até ao momento apenas Costa Júnior assumiu ser candidato.

Esta fase de disputa eleitoral pela liderança do partido do "Galo Negro" decorre da anulação do Congresso de 2019 pelo Tribunal Constitucional, através do acórdão 700/2021, devido a irregularidades apontadas no processo de candidatura de Adalberto Costa Júnior, que acabaria por derrotar os restantes quatro candidatos.

O TC entendeu que Costa Júnior ainda era cidadão português quando concluiu o seu processo.

Perante essa decisão, da qual o partido não recorreu, a direcção da UNITA voltou à saída do congresso de 2015, assumindo, assim, Isaías Samakuva a liderança neste período limitado até à realização do Congresso, que é a repetição do que teve lugar em 2019, tendo já deixado claro que não é candidato à sua própria sucessão.

Em comunicado divulgado hoje após uma reunião do partido, o porta-voz do XIII Congresso da UNITA, Ruben Sicato, esclareceu que o calendário das várias etapas da realização do conclave passa ainda pela realização de conferências comunais entre 3 e 4 de Novembro, estando as municipais agendadas para 8 de Novembro e as provinciais para 13 de Novembro.

"A certificação do mandato dos delegados e a elaboração da lista dos delegados acontecerão no dia 25 de Novembro. O credenciamento dos delegados vai ocorrer nos dias 26 e 27 de Novembro", acrescenta ainda Ruben Sicato.

A chegada a Luanda dos delegados ao congresso provenientes das outras províncias e do exterior do país está prevista para 29 e 30 de Novembro, sendo o dia anterior ao início do XIII Congresso Ordinário, 1 de Dezembro, reservado para um debate entre os delegados e os candidatos à presidência da UNITA, sobre o programa que pretendem aplicar em caso de vitória.

Após esta reunião magna da UNITA, o partido terá, no dia de Dezembro, "a primeira reunião da Comissão Política saída do Congresso" que terá na agenda a eleição do vice-presidente, do secretário-geral e do secretário geral-adjunto.