A proprietária da empresa, que leva o seu nome, Konda Marta (na foto), tornou público na segunda-feira o seu protesto pelo facto de não ter ainda a autorização de construção do mercado e ainda de um condomínio num terreno que lhe foi entregue, através de um concurso, pelo Estado, em 1990.
Terreno esse que era muito maior, abrangendo mesmo a área onde hoje estão o Estádio 11 de Novembro ou, por exemplo, as cidade do Kilamba e Universitária, mas que agora reivindica apenas cera de 11 hectares para erguer o mercado e um condomínio habitacional.
O administrador do distrito da Cidade Universitária, Antunes Huambo, garante que nada nem ninguém está contra a construção de um mercado, porque "toda a gente que ver nas suas administrações este tipo de investimento".
Reconhecendo que a empresária apresentou documentação para atestar a propriedade dos referidos terrenos, Antunes Huambo sublinha que há várias pessoas a apresentar este tipo de documentos que se revelam não ser verdadeiros.
Sem recusar a autenticidade dos apresentados por Konda Marta, o administrador garante que está a decorrer um processo de averiguação da autenticidade dos referidos documentos, cuja conclusão é essencial para um pronunciamento oficial sobre o assunto.
"Nós queremos investimentos do género nosso distrito para o bem das comunidades. Não seria justo a administração criar dificuldades para quem quer trabalhar", disse ao NJOnline, Antunes Huambo.
Fazendo questão de dizer que tem pedido "calma" a Konda Marta, Huambo garante que "ninguém será impedido de trabalhar contra a lei existente".
Contrariando, Antunes Huambo, Konda Marta, não acredita porque o assunto já se desenrola há vários anos.
"O discurso foi sempre o mesmo. Cada dia que passa vejo pessoas a invadirem o meu espaço sob o olhar das autoridades locais", precisou.
"A minha empresa ganhou em 1990 um enorme terreno para exploração agrícola num concurso público promovido pelo Ministério da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, mas hoje as autoridades não o reconhecem", lamentou.
De acordo com Konda Marta, o contrato tinha a duração de 45 anos, ou seja até 2036, mas antes desse período, e mesmo pagando os emolumentos, começou a perder o terreno por ocupações que garante serem ilegais.
"A população e várias figuras de relevo no País ocuparam o terreno e eu não posso dizer nada", referiu, sublinhando que já recorreu a várias estruturas governamentais e judiciais, mas nuca obteve uma resposta adequada, pedindo agora a intervenção directa da Presidência da República.