As obras que já começaram na segunda-feira, visam, apurou o Novo Jornal, dar estabilidade ao edifício, especialmente reforçando os pilares que estão corroídos e são a principal ameaça, para depois avançar mais em profundidade na consolidação de toda a estrutura.

A vedação da área de intervenção também já estava, a meio da manhã desta terça-feira, 25, em curso, com o objectivo de impedir o acesso ao local não só aos moradores mas também aos mais curiosos, devido ao risco efectivo de desmoronamento, tendo a rua de acesso ao local sido igualmente interdita.

A empresa Mota-Engil Angola, que está encarregada da obra, não tem data prevista ainda para a conclusão dos trabalhos, mas uma fonte garantiu que nas próximas 72 horas os moradores poderão, se nada de extraordinário for entretanto descoberto, ter acesso às suas casas para retirarem, ordeiramente, os bens de maior necessidade e valor.

Até lá, os apartamentos estão a ser vigiados por uma empresa de segurança, pela Polícia Nacional e ainda com a presença permanente da Protecção Civil e Bombeiros.

Entretanto, estando alojados em casa de amigos e familiares, os moradores querem saber se lhes será proporcionado um alojamento próprio, como sucedeu com os moradores do Prédio 41 que há cerca de um mês ruiu na Av. Comandante Valódia, em Luanda (ver links nesta página, em baixo).

Para já, segundo apurou o Novo Jornal, não há qualquer indicação nesse sentido.

Alguns dos moradores, com quem o Novo Jornal falou hoje, demonstram pouco ou nenhuma esperança de que lhes seja proporcionado um local para viver enquanto não se resolve em definitivo o problema da instabilidade da estrutura do Lote 1.

Há, no entanto, alguns moradores, que, mesmo que as autoridades digam, no futuro, que o edifício voltou a ser seguro para ser habitado, não estão disponíveis para voltar porque acham que o problema está demasiado entranhado na estrutura e a única solução e a sua demolição quanto antes.

Entretanto, quanto à Escola 1021, que foi evacuada, e que alberga alunos da primária ao 1º ciclo, que foram recolocados em três escolas, no Tambarino, Augusto Gangula e na Escola da Samba, só voltarão, disse uma fonte ao Novo Jornal, depois de as autoridades garantirem que o edifício está estabilizado ou se for demolido.