O comissário dos bombeiros, em declarações à imprensa nesta quinta-feira, 21, acalmou os residentes das áreas afectadas na província de Malanje: "Houve um abalo sísmico, mas não temos informação de feridos ou danos. Não houve danos, não ocorreu nenhum dano".

Os efectivos do Corpo de Protecção Civil e Bombeiros vigiam o movimento desde às 02:20 de quarta-feira, 20, sem contudo haver qualquer alteração, "podemos dizer às populações que podem ficar descansadas".

O epicentro do sismo ocorreu em Calulu, província do Kwanza Sul a Este e a Nordeste daquela municipalidade com réplicas na parte Oeste de Malanje, no município de Cacuso, junto à margem esquerda do Rio Kwanza, região de Capanda, esclareceu o chefe do Departamento Provincial de Malanje do INAMET, João Marcolino.

O abalo sísmico foi sentido na direcção "Luanda para Malanje" precisou o responsável do INAMET que apontou como provável causa "uma rotura na camada abaixo do subsolo, em que as placas tectónicas mexem. A tendência de uma placa dissociar-se e criar esse tipo de actividade".

A Administração Municipal de Cacuso enviou esta uma delegação à comuna de Pungo-A-Ndongo, jurisdição de Capanda, para com as autoridades locais avaliarem possíveis alterações ao espaço geográfico e orientar as populações sobre as medidas preventivas em casos do género.

Segundo o administrador municipal, Manuel Van-Dúnem, a directora local da Acção Social, Família e Igualdade do Género vai avistar-se igualmente com as famílias que sentiram o abalo sísmico naquela região geológica de Malanje.

Na comuna de Pungo-A-Ndongo estão concentradas o Aproveitamento Hidroeléctrico de Capanda e as fazendas Pungo-A-Ndongo e Biocom (Companhia de Bioenergia de Angola) e uma variedade de projectos agrícolas de agricultores locais.