Denominado CEO Outlook 2025, este estudo aponta para uma abertura generalizada dos CEO das principais empresas nacionais para usar a IA no processo de ajustamento de estratégias, aceleração e transformação digital e o reforço de competências internas.

"Os líderes corporativos angolanos combinam a confiança interna com a prudência macroeconómica e surgem com ambição tecnológica, com consciência do risco e com uma abordagem pragmática à sustentabilidade" aponta o estudo da KPMG nas suas conclusões inseridas na divulgação do CEO Outlook 2025.

Neste documento, segundo a nota de imprensa sobre o CEO Outlook 2025, aparece como claro, apesar da queda da confiança na economia mundial, que os líderes das empresa no território nacional, estão optimistas em relação aos seus próprios negócios.

Isto, considerando que 87% dos CEOS's antecipam crescimento e 60% antecipam lucros superiores a 2,5% nos próximos três anos.

O estudo evidencia ainda um ciclo de liderança mais pragmático, focado em tecnologia, em talento qualificado e num ajustamento estratégico, onde emerge destacada a questão da IA.

"A auscultação aos CEO de Angola revela uma aposta clara na inteligência artificial, com 74% dos líderes a orientarem investimento para esta área, e 93% a preverem retorno em até cinco anos. Quase metade já incorporou IA nos processos diários e a grande maioria incentiva a experimentação contínua nas equipas", destaca a nota de imprensa.

Nessa mesma nota pode-se ainda ler que 87% dos inquiridos identifica questões éticas e a mesma proporção aponta a qualidade dos dados como pré-requisito para escalar a tecnologia.

A gestão de risco acompanha esta agenda, com a incerteza económica no topo das preocupações e 53% a reforçar prioridade da resiliência cibernética. O exercício deixa ainda um alerta de governação: 60% defende decisões mais rápidas e modelos de liderança mais ágeis num ambiente operacional cada vez mais exigente.

O documento de imprensa sublinha igualmente que o talento vive uma reconfiguração profunda, com 63% dos líderes a afirmarem que a qualificação em IA determinará a prosperidade futura das suas empresas.

Isto, sabendo-se que o país apresenta um dos níveis mais altos de reconversão interna, com 80% das organizações a transferir colaboradores de funções tradicionais para funções potenciadas por IA.