Luanda deverá, como o Executivo sempre afirmou, apenas requerer assistência técnica à instituição liderada por Christine Lagarde e não um empréstimo que foi admitido que poderia chegar aos cinco mil milhões de dólares, estando previsto que uma equipa do FMI se desloque à capital angolana "provavelmente" em Outubro para acertar pormenores.

"O Presidente da República (de Angola) informou o FMI sobre a decisão de manter o diálogo com o fundo apenas no contexto do artigo IV 'consultas' e não no contexto de discussão sobre o programa de ajuda EFF (Programa de Financiamento Ampliado)", sublinhou Gerry Rice, apontando que "houve uma alteração" e que "as discussões respeitantes a um possível programa de assistência já não entram no âmbito dos técnicos".

O porta-voz explicou que em 14 de Junho último terminou uma missão a Luanda e que "essa missão teve a ver com a possibilidade de um programa de financiamento ampliado".

"Uma equipa do FMI irá a Luanda novamente, provavelmente em Outubro, para 'consultas' ao abrigo do artigo IV", disse Gerry Rice.

O Fundo Monetário Internacional anunciou a 06 de Abril que Angola solicitou um programa de assistência para os próximos três anos, cujos termos foram debatidos nas reuniões de primavera, em Washington, prosseguindo em Luanda na primeira quinzena de Junho.

No final dessa visita, o chefe da missão do FMI, o economista brasileiro Ricardo Velloso, revelou que o Fundo estava à espera que o Governo angolano dissesse se mantém o seu pedido de assistência financeira, feito numa altura em que o preço do barril de petróleo estava mais baixo.