A OWINI, que tem como sócios a Mitrelli Angola, a OKEK e a Etapalo (ambas com capital do grupo do israelita Haim Taib), também está em liquidação voluntária. No País, a empresa está ligada, desde 2013, ao projecto "Água para todos", que visava a implementação de sistemas de abastecimento de água no País.

A outra empresa que vai ser "liquidada" nas Ilhas Virgens é a OssiYeto, ligada à energia. Tem como sócios a Mitrelli Angola, a OKEK e a Etapalo, os mesmos da OWINI e, em 2022, o Governo angolano entregou-lhe um contrato de empreitada para a construção, fornecimento, montagem e comissionamento das instalações e equipamentos integrantes do projecto das linhas aéreas de 30KV, 60KV e 110KV, subestações associadas e ligações domiciliares, a construir nos municípios do Uíge, Mucaba, Songo, Ambuila e Bembe, por 75,8 milhões USD.

Por último, a Aquafish, ligada ao sector das pescas, que construiu o Centro de Piscicultura do Kuando-Kubango e o de Larvicultura do Dondo, no Kwanza-Norte.

O grupo Mitrelli, que publicou o anúncio da liquidação destas quatro empresas no Jornal de Angola, está presente no mercado angolano há várias décadas e intervém em vários sectores, facturando muitos milhões com o Estado angolano.

Na área da saúde, por exemplo, durante a pandemia, o grupo, para além de ser o principal fornecedor de testes e material de biossegurança ao País, foi responsável pelo equipamento do Centro de Rastreio e Tratamento da Covid-19, inaugurado pelo Presidente da República, em Junho passado, no km 27, em Viana, sob responsabilidade da Clínica Girassol, num investimento de três mil milhões Kz da Sonangol. É também parceiro do Estado, por via da Yapama Saúde, empresa de direito angolano criada em 2012, e que é o principal fornecedor dos laboratórios de Angola, nomeadamente do Instituto Nacional de Sangue (INS), Instituto Nacional de Luta Contra a Sida (INLCS), bem como de várias unidades hospitalares em Luanda e noutras províncias, segundo o jornal Expansão.

A Mitrelli foi também escolhida para construir o novo Hospital Geral do Bengo, orçado em 63 milhões USD, bem como a nova sede da Comissão Nacional Eleitoral e do Centro de Escrutínio Nacional, por 44,7 milhões USD, como já tinha avançado o Novo Jornal.

A construção de três centralidades no País, nas províncias do Bengo, Cabinda e Cunene, foi também adjudicada a um dos muitos braços do grupo do israelita Haim Taib por 782 milhões USD, um financiamento assegurado pelo mesmo grupo através da Luminar Finance.