Como tem sido noticiado ao longo destes dois anos, mesmo internamente, Benjamin Netanyhau está entre as figuras sob suspeita, o que pode ser revisitado nesta notícia do Novo Jornal, sendo que um dos alertas para essa possibilidade veio do próprio chefe do Shin Bet, a secreta interna israelita, Ron Bar, que pediu mesmo a demissão do cargo nesse contexto.

Agora, as Forças da Defesa de Israel também admitem que algo estranho se passou no país que conta com as mais reconhecidas organizações de intelligentsia, como a Mossad, externa, o Shin Bet, interno, e a AMAN, militar, admitindo que "fracassaram na sua missão de proteger o País e os seus cidadãos", disse Eyal Zamir, referindo-se ao atentado que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

"A maneira de aceitar vem do nosso íntimo, dos nossos corações. Não se pode mudar o que foi feito, mas temos a capacidade de admitir, como indivíduos e Exército, responsabilidades e aprender com o passado para reforçar a nossa segurança para as próximas gerações", escreveu em carta às tropas e ao país citado pela Lusa.

Zamir disse que as IDF "estão a investigar os acontecimentos e toda a guerra e vão continuar a fazê-lo, com credibilidade, transparência e profissionalismo".

Ao abrigo do entendimento patrocinado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, 20 reféns vivos foram entregues pelo Hamas a Israel na segunda-feira, mas apenas quatro corpos dos 28 que se presumem mortos estão devolvidos.

Em troca dos reféns entregues pelo Hamas, 1.968 palestinianos que estavam nas cadeias israelitas, grande parte deles sem acusação formada, foram também libertados ao abrigo deste acordo.