O show nos leva pra lá do tempo, faz nos maguelarmos nas sonoridades dos anos 80 e 90, em mensagens que nos faziam olhar para uma Luanda terra de trabalho e de amor, terra boa para se viver, que nos faziam ver bem quem eram os nossos kambas, que nos faziam pôr a bolinha no pé enquanto gingávamos as mbundas de tanto gostar de caminhar a ver as ondas à beira-mar e as gaivotas a voar com pressa de crescer para conhecer o mundo inteiro para acalentar as criancinhas que choram mesmo com os direitos que têm para que todas estejam alegres a caminho da escola onde o professor ensina tudo o que pode, para serem os arquitectos do futuro com soluções para que se deixe de usar a moringa para cartar água à cabeça e se estude para aprender a fazer contas e saber que 7 e 7 são 14 mais 7, 21, e nenhuma era a Wassamba mocinha linda, nem a Aldina do kutonoka ou a Zuca kamba do Tobias que mandava mais que o Luís que pagava a renda no tal cubico em que havia o tal sapato comprado em Luanda, mas que não impedia a Pipiadora de ler os pensamentos da menina que entrava na roda para dançar e batia o pé sabendo que o mundo era dela, sequer era a Belinha Xuxu que usava tudo de ouro, mas que nem assim o Mamborrô se apaixonava, não ia na dela, mas que respeitava o atrevimento rítmico da Beatriz que fazia as manas (en) cantarem...

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