As declarações de José Eduardo dos Santos, que faleceu há exactamente três anos, a 8 de Julho de 2022, em Barcelona, Espanha, foram solicitadas em sede da instrução preparatória do processo, em 2020, pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
As declarações de JES foram lidas por um oficial de justiça do Tribunal Supremo, em sede da produção de provas.
Nas suas declarações, JES não "empurra para o fogo" os dois generais, que são acusados pelo Ministério Público (MP) de desviar vários milhões de dólares do Estado angolano e também vários carregamentos de petróleo para a China.
Fontes do Novo Jornal no processo asseguram que foram extensas as declarações por escrito de José Eduardo dos Santos, respondendo às perguntas colocadas pela justiça aquando da solicitação que lhe foi feita, na qualidade de Presidente da República.
Pelo facto de as declarações de JES servirem de prova fundamental para a descoberta da verdade material, e por questão de secredo de justiça, a fonte não detalhou ao pormenor o que JES terá dito sobre o processo que tem como principais arguidos os generais, "Kopelipa" e "Dino".
Para esta terça-feira,8, o tribunal prossegue com o julgamento dos dois generais, que são acusados de vários crimes, como tráfico de influências, branqueamento de capitais, falsificação de documentos, associação criminosa e abuso de poder, sendo também arguidos o advogado Fernando Gomes dos Santos e as empresas Plansmart International Limited e Utter Right International Limited.