Segundo o Ministério da Saúde, no sábado foram notificados 191 casos e nas últimas horas mais 205 infecções, com o Namibe no topo da lista, com 86, seguido pelo Cuanza Sul (42), Benguela (28), Luanda (22), na Huíla (8), na Lunda Norte (5), em Malanje (4), no Zaire (3) e Cabinda (3), no Cuanza Norte (2) e no Icolo e Bengo (2).
Os óbitos registados nas últimas horas foram reportados nas províncias do Zaire e do Namibe (1), que se juntaram ao óbito de sábado, no Icolo e Bengo.
Nas últimas horas receberam alta 255 pessoas e actualmente estão internadas 475 pessoas com cólera.
O País vive "um momento crítico", atravessando "um cenário complexo de saúde pública caracterizado por doenças endémicas, doenças transmissíveis e não-transmissíveis, doenças tropicais negligenciadas e a cólera", segundo a OMS.
Entre as medidas de resposta urgente incluem-se, ainda de acordo com a OMS, "o envio de equipas de resposta rápida, a formação de pessoal de saúde, a criação de centros e unidades de tratamento da cólera, o fornecimento de água potável, o envolvimento intensivo da comunidade e o lançamento de campanhas de vacinação específicas".
Como o Novo Jornal tem vindo a alertar, os dados recolhidos em diversos estudos internacionais, com incidência nos países menos desenvolvidos, indicam que em média existem mais quatro doentes por cada um confirmado laboratorialmente.
A razão principal para esta disparidade é que as unidades de saúde nem sempre dispõem dos componentes básicos para a testagem e porque muitos dos casos são assintomáticos, embora estes portadores do vibrião colérico, agente responsável pela doença a continuem a transmitir na comunidade em que estão inseridos.
Água e alimentos infectados e mal higienizados são a principal causa na transmissão comunitária da cólera.
A vacina e a higiene são os métodos mais eficazes para combater a propagação desta doença, considerada globalmente como uma infecção do 3º mundo.
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