Fontes do Novo Jornal junto do MININT asseguram que a nível do SME, mais de 60 efectivos estão a responder em processos no âmbito das irregularidades deste famoso concurso público de ingresso, que aprovou mais de 2.000 efectivos, no universo de 5.600 formandos.

Em declarações à imprensa, o ministro do Interior, Manuel Homem, afirmou continuam a ser responsabilizados os culpados, quer no MININT como no Serviço de Investigação Criminal (SIC).

O Novo Jornal soube que dos efectivos que ingressaram no SME, há seis meses, mais de 1.400 foram colocados a trabalhar nos quadros do SME, enquanto mais de 1.600 aguardam por colocação, escrutinada pelo "crivo" do MININT que passa à "lupa" cada processo.

O SME assegura que o processo de integração dos novos efectivos continua a decorrer de forma gradual, e convocou para esta segunda-feira, 29, estes efectivos para nova avaliação no âmbito do processo interno que decorre.

Entretanto, muitos destes efectivos queixam-se de" caça às bruxas", perseguição, da parte do MININT, após a conclusão do curso.

O argumento para a acusação é que o processo foi revisto e eles foram aprovados por competência e justiça, mas não entendem as razões que levaram o próprio ministério a não aceitar enquadrá-los directamente.

A direcção do SME, através do MININT, tem verificado junto das instituições de ensino a autenticidade dos certificados apresentados pelos efectivos.

Quem, nesta fase, vier a ver seu certificado de habilitações literária invalidade, será expulso dos quadros do SME, apesar de ter concluído o curso e jurado a bandeira.

Segundo o SME, as demais fases de colocação serão feitas à medida que as instituições de ensino médio e superior, a nível nacional, responderem às solicitações de aferição da autenticidade dos certificados de habilitações académicas.

Uma fonte do Ministério do Interior assegurou ao Novo Jornal que os mais de 3.000 recrutas aprovados foram os que reuniram condições para o ingresso, após a suspensão do curso em Novembro no ano passo.

A fonte a avançou que na altura da "peneira" aos recrutas, ficou por provar a autenticidade dos documentos académicos apresentados e, por isso, só agora se está a concluir antes do real enquadramento nos distintos departamentos e postos do SME.