Neste processo, o político do MPLA está a ser acusado por um empresário de ter recebido de uma empresa privada 100 viaturas, durante o período em que liderou o Governo da Província de Luanda (GPL), em 2017, tendo-as distribuído por diversas pessoas sem fazer o devido pagamento até ao momento.
A empresa queixosa nos autos é a RCMJ-Investimentos, Lda, que se queixa que o então governador de Luanda e também 1º secretário em Luanda do MPLA, à data dos factos, ter requisitado 100 viaturas de forma faseada, das quais pagou apenas 48, faltando pagar 52.
Essas viaturas, segundo a PGR, cujo comprador é o GPL, não foram atribuídas ao Estado, mas sim a particulares.
O empresário acusa o então governador de Luanda de assinar contrato de pagamento das viaturas, que seria de apenas 15 dias.
José Carlos, advogado de Higino Carneiro, disse que o seu cliente esteve calmo, tranquilo e que respondeu às perguntas todas que lhe foram feitas pelo magistrado do Ministério Público, e apresentou provas documentais as acusações.
Segundo o advogado, Higino Carneiro está confiante na justiça e que os factos serão esclarecidos.
Esta quarta-feira,10, Higino Carneiro será ouvido sob acusação do processo 46/19, de utilização de fundos públicos para fins particulares, quando exercia o cargo de governador da então província do Cuando Cubango.
A PGR sublinha que os processos ainda seguem trâmites de investigação, no quadro das competências da DNIAP para o combate à corrupção e à criminalidade económico-financeira.
Essa é a segunda vez que o político é constituído arguido pela DNIAP, enquanto governador de Luanda, depois de o ter sido já em 2019, mas esse processo-crime foi arquivado por insuficiência de provas.






