Na noite desta quarta-feira, 30, foram realizados cinco julgamentos de dezenas de jovens levados a tribunal, sendo que sete deles já foram condenados a 20 meses de prisão efectiva e ao pagamento de 50 mil kwanzas de indeminização ao Estado, e cinco foram absolvidos por insuficiência de provas.
Os sete condenados são acusados de terem vandalizado o supermercado Angomart do bairro Golf 2, no município do Kilamba Kiaxi.
Para esta quinta-feira, 31, está prevista a realização de novos julgamentos sumários e de interrogatórios na unidade de apoio ao juiz de garantias.
Entretanto, mais de 100 menores que foram igualmente detidos na sequência dos actos de arruaça, destruição, pilhagem, perturbação da ordem pública e vandalização de bens públicos e privados ocorridos em diversos pontos da província de Luanda começaram a ser devolvidos às famílias no início da noite de ontem, por ordem da justiça.
O Novo Jornal sabe que no Tribunal da Comarca De Viana foram criadas condições para a recepção de um número elevado de arguidos, quer nas salas de Julgamento, quer na de garantias.
Cenário idêntico vai registar a unidade de apoio ao juiz de garantias da província do Icolo e Bengo, onde nove cidadãos acusados do crime de furto qualificado, no supermercado Arreiou do Zango 4, no bairro Nova Esperança, município do Calumbo, serão presentes ao juiz de garantias para interrogatório.
A Ordem dos Advogados de Angola (OAA) assegura que vai defender estes cidadãos face ao número elevado de detidos.
Em comunicado, o conselho nacional da OAA apelou ontem à mobilização da classe para integrar as equipas de advogados que serão organizadas com vista a garantir que estes julgamentos ocorram com respeito pelos princípios da legalidade e imparcialidade, conforme estabelece a Constituição da República de Angola.
Segundo a OAA, esta acção insere-se no quadro das responsabilidades constitucionais e legais da OAA como entidade auxiliar da administração da justiça.