Passados cinco meses desde a sua desactivação, o Governo Provincial de Luanda (GPL) reabriu, a 9 de Novembro, a Câmara 5 da Morgue Central, que aumentou de 42 para 132 gavetas de conservação de cadáveres, em função dos 90 novos compartimentos aí instalados, apurou o Novo Jornal.

A mudança corre em face de uma série de reportagens feitas pelo NJ sobre as insuficiências das casas mortuárias em Luanda, em que se desponta a sobrelotação e o consequente armazenamento de cadáveres em condições de horrores, com quatro a sete corpos numa gaveta individual. A actual realidade da Câmara 5 começou a desenhar-se ainda sob liderança da então governadora de Luanda, Ana Paulo de Carvalho, que deu a ordem de interdição para obras.

Na sequência, o GPL, já sob liderança de Manuel Homem, ampliou a capacidade da Câmara 5, instalando aí três contentores frigoríficos com 30 gavetas cada, para a conservação dos cadáveres recolhidos na via pública.

Como espaço específico para a conservação de corpos de pessoas que conheceram a morte fora do hospital, por atropelamento, afogamento ou outro, a Câmara 5 voltará a receber também a "visita" regular de familiares que procuram pelos seus ente queridos desaparecidos há já algum tempo em cenário novo, higienizado e longe do amontoado excessivo de cadáveres e corrimento de sangue no chão.

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