As mortes e os sequestros continuam a acontecer um pouco nas províncias de Luanda e do Icolo e Bengo, embora o Serviço de Investigação Criminal e a Polícia Nacional assegurem que têm desmantelado redes criminosas.
No serviço de táxi por aplicativo, as vítimas são na sua maioria os condutores, que sofrem assaltos e sequestros, embora, em várias outras ocasiões, os assaltantes simulem ser condutores e ataquem os passageiros durante a viagem.
Ao Novo Jornal, vários motoristas asseguram que trabalhar depois das 21 horas passou a ser inseguro devido aos assaltos.
Segundo os condutores, por sorte, os marginais exigem apenas o dinheiro feito ao longo do dia, mas em caso de azar, põem fim à vida dos motoristas.
Há casos em que os assaltantes tiram a vida dos motoristas mesmo sem estes apresentarem resistência após o anúncio do assalto.
Entretanto, as viaturas em serviço de táxi por aplicativo, tanto as das empresas como as de particulares, não oferecem ao condutor algumas ferramentas de segurança disponíveis, em caso de risco ou de insegurança.
Os motoristas destes serviços são da opinião de que o Estado intervenha rapidamente neste sector, para regular e imprimir segurança, assim como tem acontecido com os transportes públicos de passageiros.
Os condutores são unânimes em afirmar que a Polícia Nacional deve monitorar os táxis por aplicativo através do Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), para garantir segurança a quem solicita estes serviços.
Esta semana, o SIC-Luanda deteve dois cidadãos de 28 e 33 anos, no Kilamba-Kiaxi, por assassinarem um motorista de táxi por aplicativo no dia 28 de Novembro, na zona do comuna.
Ainda no mês passado, o SIC deteve um motorista de táxi por aplicativo que realizava assaltos.
Porém, vários são os relatos de mortes de motoristas ao volante de carros em serviço de táxi por aplicativo, mas até agora não há uma intervenção do Estado para pôr fim ao sentimento de insegurança que, entretanto, se instalou, dizem os taxistas.
Entretanto, os órgãos de defesa e segurança aconselham os cidadãos a serem cautelosos sempre que utilizarem o serviço de táxis por aplicativo, devendo partilhar o percurso da viagem com familiares ou pessoas conhecidas, e, no caso de assaltos, fazerem a participação às autoridades.
O Novo Jornal soube que, em 2023, o Ministério dos Transportes reuniu com algumas empresas que exercem esta actividade para avaliar as medidas de segurança no serviço de transporte por aplicativo, mas desde então não foram tomadas medidas.

