Depois de inaugurar a refinaria de Cabinda, embora tenha admitido que haverá outras fases, no futuro, nomeadamente quando começar a produzir gasolina, João Lourenço fez referência aos projectos complementares do Soyo, no Zaire, e Lobito, em Benguela, como parte estrutural do plano para chegar à autossuficiência nesta matéria.

Esse projecto está, no entanto, a sofrer problemas de percurso no Soyo, com atrasos nas obras, mas que o Presidente da República garante que estão a ser ultrapassados pelo construtor, tal como o "grande projecto" do Lobito, esse sim com constrangimentos há mais de uma década.

"Para além de Cabinda, temos a refinaria do Soyo, que enfrenta alguns constrangimentos, mas cujo investidor está a trabalhar para ultrapassar as dificuldades. Temos igualmente a grande refinaria do Lobito, que é a nossa maior esperança. Trata-se de um projecto antigo, retomado e hoje com trabalhos em curso", disse, citado pelos media públicos.

João Lourenço, questionado pelos jornalistas, justificou a prioridade na produção de gasóleo em Cabinda com o facto de ser essa a maior procura, tal como, de resto, se verifica no país todo devido às grandes centrais de produção de energia e dos transportes terrestres e marítimos.

E sublinhou ainda que "o diesel é o produto mais consumido em todo o país, sobretudo pelas centrais térmicas e pelo transporte de carga. A produção de gasolina virá em fases posteriores".

Nesta conversa com os jornalistas abordou igualmente a questão da exportação de gasóleo produzido em Cabinda, cuja refinaria agora inaugurada foi desenhada com a capacidade de tratar 30 mil barris por dia, para a RDC, apontando que tal pode acontecer mas obedecendo às regras internacionais.

João Lourenço fez questão de sublinhar que o país quer exportar combustíveis e não contrabandear combustíveis para os países vizinhos.

"Queremos que seja uma verdadeira exportação e não tráfico de combustível. Incentivamos a exportação desde que traga benefícios tanto para Angola como para o país vizinho", frisou, ainda citado pelos media estatais.