A conferência internacional, que termina hoje, trouxe a Luanda especialistas e instituições experientes na prevenção, combate ou acompanhamento de casos de abuso sexual, desde representantes de órgãos ministeriais, académicos, membros da sociedade civil e de organismos internacionais representados em Angola, com a presença de profissionais do Brasil, Moçambique, Portugal, Guiné- Bissau, São Tomé, Zimbabwe e África do Sul, que vão partilhar as suas experiências de trabalho nesta área.
O impacto do abuso sexual na vida das vítimas é um dos temas a ser abordado.
Durante a conferência, que decorre sob o lema "Não Me Abusa Mais", serão ainda discutidos temas como o contexto nacional do abuso sexual, os mecanismos e respostas existentes no país para a protecção das vítimas, o papel da escola, igreja e famílias na prevenção e combate ao abuso sexual, bem como as formas de intervenção participativa para o pleno acesso à justiça.
Esta iniciativa visa ainda sensibilizar as instituições do Estado e a sociedade civil a garantirem o direito efectivo de acesso à justiça em caso de abuso sexual/violência de género, bem como contribuir para a melhoria da prevenção e acesso à justiça, em casos de violência sexual", segundo a organização.
Pelo menos 5% das mulheres angolanas entre os 15 e 49 anos já foram vítimas de abuso sexual e centenas de menores sofrem anualmente de algum abuso sexual, segundo dados apresentados em 2017, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e, em 2018, pelo Instituto Nacional da Criança (INAC).