Tudo começou no princípio de Junho, quando a mãe dos gémeos comentou com a sua amiga congolesa que estava a ter dificuldades em trazer os seus filhos que residem na RDC com a avó, para Angola.

A acusada, explica o porta-voz nacional da Direcção de Investigação e Ilícitos Penais(DIIP), Quintino Ferreira, prontificou-se a ajudá-la, alegando que conhece um canal por onde trazem pessoas do Congo usando meios clandestinos. E em troca de dinheiro, a mulher aceitou.

Dias depois, os meninos de 10 anos, conseguiram entrar no país, através da zona fronteiriça entre a RDC e a província do Zaire, a mãe pagou 700 mil kwanzas e pediu para ela trazer as crianças para Luanda, mas isso não veio acontecer tão rápido, porque a envolvida decidiu tirar mais dinheiro da sua amiga.

No período de Junho até Agosto, a mãe pagou de forma parcial 700 mil kwanzas faseadamente (300 mil e 400 mil), mas não teve sucesso.

Na última semana de Agosto, outros membros do grupo começaram a ligar para ela exigindo mais um milhão de kz, conta Quintino Ferreira.

A mãe percebeu que estava a lidar com uma associação perigosa, fez uma participação às autoridades e os agentes da DIIP, durante o fim-de-semana, localizaram a sequestradora no município de Cacuaco, em Luanda, mas esta estava sem as crianças.

Depois de os outros membros da rede se aperceberem que a polícia estava a investigar o caso, devolveram as crianças à sua avó, na fronteira do Zaire e meteram-se em parte incerta, tendo sido localizada apenas uma comparsa, também congolesa.

Diante desta situação, as detidas de 33 e 35 anos, foram encaminhadas para o juiz de garantias, acusadas dos crimes de sequestro e extorsão, enquanto a investigação decorre para se localizar os demais envolvidos no caso.