De acordo com os números avançados, há 190 mil mulheres seropositivas e 27 mil crianças entre os zero e os 14 anos de idade.
Segundo a directora-geral do INLS, Lúcia Furtado, registam-se anualmente 28 mil novas infecções e 13 mil mortes causadas pela doença.
Lúcia Furtado, que falava esta terça-feira, 20, em Luanda, num encontro com a comunicação social, a propósito da apresentação da campanha nacional "Nascer livre para brilhar", afirmou que a acção será lançada no próximo dia 01 de Dezembro, data mundial dedicada à reflexão sobre a doença, no Luena, Moxico, pela primeira-dama, Ana Dias Lourenço.
A campanha, que tem como foco a prevenção de transmissão do HIV de mãe para filho, tem como objectivos aumentar a prevenção e a sensibilização das mulheres grávidas da necessidade de conhecer o seu estado serológico e o do seu parceiro.
Já a Rede Angolana das Organizações e Serviços da Sida (ANASO), através do seu secretário executivo, António Coelho, lamentou que o País, apesar de todos os esforços, continue "a perder a guerra" contra a SIDA.
As declarações foram proferidas por António Coelho à margem do arranque do 'workshop' de Validação do Relatório da Avaliação do Ambiente Jurídico-legal do VIH/SIDA, que termina quinta-feira, organizado pelos ministérios da Saúde e da Justiça e Direitos Humanos de Angola, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
António Coelho disse que em Angola a taxa de transmissão vertical de Sida, ou seja, de mãe grávida para o bebé, é de 26%, a mais alta da Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral (SADC).
"O que quer dizer que, apesar de todos os esforços que estamos a fazer, continuamos a perder a guerra no combate contra a Sida", salientou.
"Temos de arregaçar as mangas e declarar uma guerra aberta contra a epidemia e, neste momento, que vem aí as jornadas alusivas ao Dia Mundial da Sida, que este ano se comemora sob o lema 'Conheça o seu Estado Serológico, embora Fazer o Teste do VIH', vamos aproveitar a oportunidade para o país fazer uma reflexão aturada, que nos permita, nos próximos tempos, inverter a situação e não permitir que mais angolanos se infectem e morram por causa da sida", acrescentou.