Mais de 114 mil crianças entre os seis meses e os cinco anos de idade sofrem ou poderão sofrer de desnutrição aguda até Fevereiro deste ano, em 10 municípios pertencentes às províncias do Cunene, Huíla e Namibe. Do total, estima-se que mais de 77 mil estejam em risco de uma desnutrição aguda moderada, ao passo que outras cerca de 37 mil de desnutrição aguda grave, necessitando, portanto, de tratamento.

Grande parte destas crianças, mais de 45.500, encontra-se nos municípios da Bibala (6.596), Camucuio (4.520) e Moçâmedes (34.444), na província do Namibe. A Huíla é a segunda mais afectada, com quase 36 mil crianças, enquanto, no Cunene, estão pelo menos 33 mil.

Os números constam de um estudo sobre Situação da Insegurança Alimentar e Nutricional Aguda nas Províncias do Cunene, Huíla e Namibe, do Departamento Nacional de Segurança Alimentar e da Direcção Nacional de Agricultura e Pecuária do Ministério da Agricultura e Pescas, elaborado com o apoio do Projecto FRESAN, financiado pela União Europeia.

De acordo com o documento, a pior seca nos últimos 40 anos e o aumento dos preços de alimentos desencadearam uma insegurança alimentar aguda nestas províncias em termos de magnitude e de severidade. Por exemplo, no período de Julho a Setembro de 2021, estimava-se que cerca de 1,32 milhões de pessoas (49% da população) viviam em condições de insegurança alimentar aguda.

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