Uma equipa expedida pelo Ministério da Cultura e Turismo foi ao Dundo (Lunda-Norte) investigar as causas que estiveram na base do assalto ao Museu Regional local, há duas semanas. A comissão ainda não emitiu os resultados da investigação, mas diz-se, por portas travessas, que a segurança desse importante acervo museológico ainda é deficitária, enfatizou, em anonimato, uma fonte ligada à instituição.

Ainda em Agosto do ano passado, a direcção do Museu Regional do Dundo, liderada pelo ora detido Ilunga André, lançou um grito de socorro para as autoridades velarem pela segurança da instituição, nomeadamente clamava pelo recrutamento de, no mínimo, seis vigilantes para garantirem a protecção quer das infra-estruturas, quer do acervo, que engloba mais de 10 mil peças etnográficas e 30 mil de história natural.

A direcção reclamava, igualmente, da insuficiência de técnicos, como especialistas nas áreas de Biologia, Arqueologia, Antropologia, técnicos em restauração e conservação de peças, guias e trabalhadores administrativos.

Uma das peças que estavam para ser roubadas, a máscara Mwana Pwo, foi adquirida em leilão em 2019 pela Fundação Sindika Dokolo, a partir do Reino da Bélgica. Fazia parte de oito recuperadas pela fundação do falecido coleccionador de artes. Trata-se de peças que já tinham sido roubadas no século XIX por investigadores e exploradores de companhias de diamantes.