O Chefe de Estado defendeu que "esta situação, que perdura há anos e que agora se agravou ao extremo, deve-nos recordar e conduzir para a necessidade de implementação sem mais hesitações as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas para a criação do verdadeiro Estado da Palestina com as garantias de segurança e em co-existência pacífica dos dois Estados soberanos".

Os líderes mundiais, diz o Presidente da República, "estão a desdobrar-se em iniciativas para se pôr cobro à carnificina a que assistimos e para que prevaleça o bom senso, haja a necessária contenção e se evite ao máximo colocar em risco a vida de civis (...) de ambos os lados".

"Tudo deve ser feito para evitar uma catástrofe humanitária em Gaza, uma pequena franja de terra habitada por milhões de seres humanos sem água, alimentos, assistência médica, mas sobretudo sem a possibilidade de saída, numa verdadeira prisão a céu aberto, reduzida a escombros", afirmou João Lourenço.

"Tenhamos a coragem de dar este passo histórico que se apresenta como a única solução viável e definitiva para se pôr cobro a um conflito que tantas vidas humanas vem ceifando ao longo de décadas", sustentou.

O Chefe de Estado deixou também uma critica à "incapacidade demonstrada pelo conselho de segurança das Nações Unidas perante a necessidade de resolução de conflitos que ameaçam a paz e a segurança internacionais".

O que reforça, segundo João Lourenço, a convicção de Angola "da urgência de se fazerem as reformas necessárias, reiteradas vezes anunciadas mas nunca concretizadas por falta de interesse de algumas potências mundiais".