Os autores do homicídio usaram, segundo fontes da polícia, seringas com água de bateria que injectaram no pescoço do taxista de 38 anos, para roubarem a sua viatura que venderam pouco depois por 2,8 milhões de kwanzas, acrescentou a mesma fonte.

Esta quadrilha tinha como preferência como vítimas os motoristas de táxis personalizados e simulavam serem clientes para, depois, com recurso a água de bateria, também conhecida como água destilada ou água desmineralizada, injectarem as vítimas para estas ficarem sem reacção.

Segundo o porta-voz da DIIP, Quintino Ferreira, a detenção deste grupo ocorreu após denúncia de um motorista que escapou das mãos dos marginais no passado dia 24, às 22:00, no bairro Rocha Padaria, quando os mesmos simularam uma viagem de táxi na aplicação, com destino ao Benfica.

No caminho, os acusados forçaram o condutor a parar e injetaram cinco seringas no motorista, mas ainda, sim, o condutor conseguiu enfrentá-los e escapou com as chaves da viatura, indo depois apresentar queixa à DIIP, permitindo assim o deslindar do caso de homicídio consumado.

Não satisfeitos com o assalto, dois dias depois, alguns elementos do grupo chamaram novamente um táxi por via do aplicativo Yango, conduzido pelo cidadão Gaspar Lopes Martins "Guigui" de 38 anos, e foram até à zona do Benfica, no bairro Zona Verde 3, num matagal, estando os mesmos munidos arma de fogo e meio litro de "água de bateria".

Os assaltantes anunciaram o assalto e mediante violência injectaram várias vezes o referido líquido no pescoço e no braço do motorista, asfixiaram-no com um cinto e, após a confirmarem que o mesmo já estava morto, transportaram o corpo da vítima para um matagal, onde o abandonaram e levaram a viatura.

Em sequência investigativa, a DIIP desmantelou o grupo que confirmou ter vendido a viatura por 2,8 milhões kz.

Estão detidos os elementos do grupo, assim como os intermediários e o comprador da viatura roubada.

Para além da morte de "Guigui" de 38 anos, o Novo Jornal noticiou esta segunda-feira que os motoristas que trabalham nos táxis por aplicativo, em Luanda, continuam a queixar-se de assaltos constantes e sequestros, sobretudo no período nocturno, o que tem levado muitos destes profissionais a prescindirem de algumas corridas, por questões de segurança.