O porta-voz dos CFB, ouvido pela RNA, explicou que o descarrilamento aconteceu no Domingo e envolveu uma composição de mercadorias que tinha partido do Luena, Moxico.

Aristides Sebastião adiantou que no local já estão técnicos dos CFB para organizar a recuperação da via, reparando-a para ser, tão breve quanto possível, de novo posta ao serviço.

Dos trabalhos, como explicou fonte dos CFB, está a necessidade de devolver os vagões aos carris, o que é feito com recurso a gruas moveis.

Está ainda em curso um inquérito para apurar as razões do descarrilamento.

O descarrilamento de composições dos CFB não é uma novidade desde que este traçado foi reactivado parcialmente em 2012 e concluída a sua reabertura em 2014, depois de vários anos inactivo devido à guerra.

Em Outubro de 2017, um comboio de transporte de combustível descarrilou próximo de Camacupa. Bié, causando o derrame de parte da carga transportada em 14 cisternas de gasóleo e gasolina, com destino ao Luena, tendo-se perdido quase 300 mil litros de ambos os produtos.

A reconstrução dos CFB, que liga o Porto do Lobito à RDC, Luau, através de 1334 quilómetros, esteve a cargo da chinesa China Railway Corporation e custou cerca de 1,8 mil milhões de dólares.

O mais grave acidente neste traçado ocorreu em 1994, quando, a 22 de Setembro desse ano, uma falha de travões provocou a queda de uma composição numa ponte, em Tolunda, matando 300 pessoas.